Motas elétricas: duas rodas ligadas à corrente Motas elétricas: duas rodas ligadas à corrente

Motas elétricas: duas rodas ligadas à corrente

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Venha descobrir as melhores motos elétricas à venda no mercado, onde existem modelos para todos os gostos, incluindo uma Harley!


Publicado em 31-Jul-2019

Falamos muito em automóveis elétricos, mas as motos são já uma realidade igual à dos primos de quatro rodas. E porque não adotarmos a mota elétrica como meio de transporte? Têm menos espaço para albergar baterias, é certo, mas são menos pesadas e consomem menos por isso. A autonomia de uma elétrica, em cidade, é geralmente suficiente para uma semana sem preocupações, o que é dizer muito.

Entre as novidades encontramos um pouco de tudo, desde pequenas start ups, com modelos fantásticos – como a Zero, a Tesla das motos –, a companhias chinesas à procura de inundar o mercado com modelos mais em conta. Pelo meio estão ainda grandes nomes americanos e europeus, incluindo as icónicas Harley e Vespa, que pretendem liderar também neste novo mundo.

Entre as marcas que estão a investir bastante para apresentar modelos elétricos encontramos a Honda ou a Ducati – cuja empresa-mãe, a Audi, já anunciou que quer gamas completas de modelos elétricos muito em breve, à semelhança do que vai acontecer nos automóveis. A BMW já anunciou mesmo 20 novos modelos para 2023. A marca – que antes de ser de automóveis era de motos – já tem um modelo elétrico na gama, a C Evolution (uma scooter com 160 km de autonomia, 130 km de velocidade máxima e capaz de fazer 2,8 segundos dos 0 aos 50 km/h), mas esta Concept BMW Motorrad Vision DC Roadster parece verdadeiramente entusiasmante.

Uma naked tecnológica, mas tão perto da realidade que a imprensa especializada diz que podia passar a produção já amanhã, se a BMW assim o desejasse.

Igualmente entusiasmante – e esta já à venda – é a Harley-Davidson LiveWire com o look agressivo tão típico das Harley, que não vai deixar ninguém indiferente. Tal como a performance: 0 aos 100 em 3 segundos! A autonomia ronda os 225 km em cidade e desce para os 140 em autoestrada, mas basta uma hora numa estação de carregamento para atingir os 100% de carga máxima. A LiveWire está à venda a partir de 34.500 euros.

Já a Zero é uma start up que conseguiu, em apenas 10 anos, passar de uma garagem em Santa Cruz, na Califórnia, para uma marca internacionalmente respeitada. Por várias vezes, é chamada de Tesla das motos, até porque vende mais elétricas do que todos os concorrentes nos EUA.

Em Portugal, pode encontrar os modelos já lançados na Zeev, mas esta SR/F é a mais recente adição à gama. Um modelo capaz de chegar aos 200 km/h, com uma autonomia de 259 km em cidade e 159 em autoestrada, mais a opção de incluir um “tanque” adicional e estender a autonomia para os 320 km em cidade.

Vindas do outro lado do mundo (da China, na realidade), as Super Soco têm preços bastante diferentes, bem mais em conta – a partir dos 2.500 euros. O que nos leva à performance, que também não é obviamente a mesma (45 quilómetros hora de velocidade máxima, entre 60 e 80 km de autonomia). Mas no que toca ao design, os modelos TS e TC estão particularmente bem conseguidos, tendo mesmo vencido os IF Design Award. O objetivo das Super Soco é oferecer uma boa solução, barata, para o problema da mobilidade urbana sem emissões.

Tal e qual como as Niu, outra empresa que nos chega do Império do Meio e que já venceu os IF Design Awards. Aliás, as Niu são ainda mais simples, leves e fáceis de conduzir, com uma performance muito semelhante. A bateria também é removível, para carregar onde der mais jeito. 

Naturalmente, quando falamos de motos urbanas, a Vespa é incontornável. A boa notícia é que também a Vespa aderiu ao modo “Elettrica” e sobre isso já escrevemos tudo aqui.

É, sem dúvida, a scooter mais bonita do mundo, mas a Čezeta – por muito estranha que pareça à primeira vista – merece também o seu lugar ao sol.

Nasceu na antiga Checoslováquia, precisamente como resposta à Vespa ocidental – ganhou também uma alcunha animal, “a Porca” –, ainda que eventualmente menos glamorosa do que a concorrente de peso. Durante anos, foi o modelo icónico em todo o mundo comunista, de Cuba ao Vietname, mas a queda do muro ditou o fim da Čezeta.

Agora, renasceu num modelo exclusivamente elétrico, em toda a sua glória vintage, incluindo manómetros analógicos de verdade, uma raridade neste meio. Tal como a própria moto, disponível apenas por encomenda, e com uma produção mais limitada do que a Rolls-Royce. A Čezeta está disponível em dois modelos – equivalentes a uma moto normal de 125 cc e 250 cc –, com uma autonomia entre os 100 e os 150 quilómetros. Porque é isto o que acontece quando ligamos duas rodas à corrente.