Os melhores destinos em 2020 Os melhores destinos em 2020

Os melhores destinos em 2020

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Das montanhas do Cáucaso à costa atlântica de África ou apanhando boleia rumo aos novos destinos da TAP para a América do Norte, eis os lugares que não pode perder.


Publicado em 31-Jan-2020

Bona, um Hino à Alegria

Foi capital da Alemanha Federal de 1949 até 1991, altura em que Berlim recuperou o estatuto, com a reunificação, mas Bona não se deixou cair num pranto. Pelo contrário, reinventou-se e em 2020 todos os caminhos vão dar a esta cidade, que aproveita para celebrar os 250 anos do seu filho mais pródigo: Ludwig Van Beethoven! É seguramente o destino de várias orquestras, coros e maestros famosos que aqui rumam para participar nos muitos concertos e festivais que a cidade acolhe ao longo do ano. Enquanto isso, o Teatro Municipal encena também a única ópera escrita pelo compositor: Fidelio. Entre uma coisa e outra, não deixe de visitar a casa onde o pequeno Ludwig nasceu, entretanto transformada em museu e agora totalmente remodelada para a ocasião.
Como nem tudo gira à volta de Beethoven, não deixe de visitar o incrível Rheinaue, o enorme pulmão da cidade, um parque com quase o mesmo tamanho do centro de Bona, ou a universidade onde estudaram e lecionaram personalidades tão interessantes quanto diferentes, como o Papa Bento XVI e Karl Marx.

Como ir: Apanhar um voo para Colónia e só resta uma curta viagem de comboio até Bona (preços desde os 4 euros). De Portugal, apenas a Eurowings voo diretamente para Colónia a partir de Lisboa.

Rabat, um centro de arte a céu aberto

Tão perto de Lisboa quanto Madrid, é mais do que tempo de descobrir esta cidade vizinha, sede do governo de Marrocos. Até porque é mais comum, para quem viaja para estas bandas, visitar Marraquexe ou mesmo Casablanca. Errado, porque Rabat é mais moderna do que Marraquexe e menos confusa do que Casablanca. E banhada pelas águas do Atlântico, pelo que nem praias faltam para dar um mergulho. As ruas são cuidadas, limpas e coloridas e no geral mais amplas do que seria de esperar, reforçando a sensação de que aqui se respira alguma cultura europeia, num ambiente de mundo árabe. Até porque a Ville Nouvelle, o centro, foi edificado durante o protetorado francês. A torre e o minarete do século XII ainda dominam a paisagem, mas este ano a cidade vive imersa num ambiente cultural vibrante, com a Bienal das Artes – que começou em finais de 2019 – a dar relevo à produção artística feminina. Uma importância pouco comum em certas partes do mundo árabe. Entre as muitas obras e exposições, destaque para a da artista palestiniana Mona Hatoum ou da arquiteta Zaha Hadid.

Como ir: Como não existem vos diretos para Rabat, o melhor será voar até Casablanca e apanhar o comboio, uma viagem de hora e meia com translado. A TAP e a Royal Air Marroc voam diretamente para a cidade a partir de Lisboa e esta última do Porto também.

Montreal, Canadá com sotaque francês

O facto de a TAP ter aberto uma nova rota entre Lisboa e Montreal é a desculpa perfeita para descobrir a mais encantadora das cidades canadianas. A segunda maior do país, depois de Toronto, uma metrópole agitada, mas que sabe parar e aproveitar os prazeres da vida. E mesmo que no inverno faça um frio terrível – podem passar-se semanas sem que a temperatura chegue sequer aos 0 graus — há sempre muito para fazer, incluindo passear pela cidade subterrânea (uma galeria de centros comerciais, escritórios, museus e até universidades que se estende ao longo de 32 km de túneis por baixo do centro da cidade) ou patinar no lago Beaver, situado no Mont Réal que domina a paisagem da cidade (e lhe dá o nome). Mas é obviamente quando o termómetro começa a subir que a cidade ganha outro brilho, sobretudo a cidade velha e o velho porto, que se estendem ao longo do rio Lawrence, dois lugares perfeitos para caminhar. Dependendo da altura do ano em que visitar, não deixe também de ir ver um jogo dos Canadiens de Montréal, a mais antiga e prestigiada equipa de hóquei do país (e com mais títulos NHL) ou, em julho, os festivais de comédia e de jazz da cidade, porque são realmente extraordinários.

Como ir: A partir de maio a TAP voa diretamente a partir de Lisboa. Até lá tem a AirTransat a fazer a mesma ligação.

Lille, capital mundial do design

Esta relativamente discreta cidade francesa, perto da fronteira com a Bélgica, foi designada Capital Mundial do Design em 2020, o que obviamente significa uma programação cultural de exceção. Desde os segredos de um frasco de perfume à história da Bauhaus, ou à primeira Lille Metropole Design Week, em setembro, não vai ficar nada por revelar, nesta cidade que era já tida por muitos como a capital do design em França, com mais de 1.600 ateliês a chamarem Lille de casa. O Tripostal, o Museu de Arte Moderna ou o Palais des Beaux Arts (que alberga a segunda maior coleção de arte em França, depois do Louvre) torna-se moradas (ainda mais) obrigatórias.

Como ir: Existem duas boas opções: voar para Bruxelas ou Paris e depois apanhar o comboio. A opção parisiense pode ficar um pouco mais rápida.

Arménia, para aventureiros

A Arménia oferece a quem a visita cenários espetaculares e uma história riquíssima. Ambos merecem ser explorados, até porque este é um dos últimos destinos secretos do mundo – e não vai ficar assim por muito mais tempo. A região permaneceu debaixo do manto de isolamento soviético muito para lá do fim do império, mas hoje é alvo de um afluxo de turistas evidente, muitos em busca de descobrir aquilo que a revista Time chamou, no ano passado, de um dos lugares mais bonitos da Terra: o trilho Transcaucasiano. Para nós portugueses, a ligação pode até ser afetiva, pois esta é a pátria de um dos nossos maiores mecenas: Calouste Gulbenkian, e foi o jovem Calouste quem, aos 22 anos, palmilhou esta região pela primeira vez e nos deixou até um livro de viagem: La Transcaucasie et la Péninsule d’Apchéron – Souvernirs de Voyage. Esse trilho está agora a ser recuperado, ligando os três países da região — Geórgia, Azerbaijão e Arménia —ao longo de mais de 400 quilómetros. Não precisa de fazer tudo, pode ficar pelo Parque National Dilijan, entre montes e vales e mosteiros antiquíssimos, porque talvez não saiba mas este foi também o primeiro país a adotar o cristianismo como religião oficial, uns meros 300 anos depois do nascimento de Jesus.
Aqui encontramos também os vestígios mais antigos da prática de produção de vinho (cerca de seis  mil anos a.C.) pelo que não surpreende saber que esta indústria se está a desenvolver, com a região de Areni a conseguir já reconhecimento internacional.  Muitas das quintas oferecem visitas guiadas e programas. Pelo que pode aproveitar para fazer um pouco de enoturismo. Já agora, para ficar a conhecer a gastronomia local nem precisa de sair de Lisboa, pois o Ararate oferece as melhores especialidades ali para os lados da conhecida Fundação.  
Faltava claro, referir esse monte mítico, símbolo do país e que a Bíblia reconhece como o lugar onde Noé aportou a sua arca. O Ararate fica hoje do lado turco, mas tão perto da capital Erevan, que domina a paisagem da cidade e ao qual são organizadas várias excursões.

Como ir:  A Air Airfrance oferece a opção mais rápida, com escala em Paris, mas também pode viajar para Moscovo, com a Aeroflot ou a TAP, e daí apanhar o voo de ligação para Erevan.

Washington D.C., para lá da Casa Branca

Os olhos do mundo estão definitivamente virados para Washington este ano, mas os viajantes podem passar ao lado das eleições para a Casa Branca e focar antes a sua atenção nas comemorações do centenário da 19ª emenda à Constituição dos Estados Unidos. Menos falada do que o direito a usar armas (a segunda emenda), a 19ª veio permitir às mulheres exercerem o direito de voto, e a data está a ser comemorada com uma série de exposições e mostras em espaços tão icónicos quanto a National Portrait Gallery ou o National Museum of American History. Aliás, toda a zona a sul da Casa Branca, o National Mall, que alberga museus como o Smithsonian e os Lincoln e Roosevelt Memorials, é absolutamente imperdível. E seguindo ao longo da zona ribeirinha do Potomac, agora totalmente recuperada, podemos chegar a Georgetown um dos bairros mais cool de qualquer cidade americana. E nem nos façam falar da cena gastronómica, recheada de estrelas Michelin e restaurantes típicos com muito estilo. Uma dica: pode fazer todos estes passeios de bicicleta, numa das ofertas do município ou de Jump, tal e qual como em Lisboa.

Como ir: Ligação direta entre as duas capitais com a TAP ou a United Airlines.

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