Pelo prazer de correr ao ar livre Pelo prazer de correr ao ar livre

Pelo prazer de correr ao ar livre

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Quer ficar em forma, mas não tem paciência para entrar num ginásio? Está com sorte, porque não nos faltam sítios fantásticos para correr.


Publicado em 27-Ago-2019

Portugal, com o seu tempo ameno, à beira-mar plantado, é o melhor ginásio a céu aberto do mundo. Como tal, vemos cada vez mais pessoas a correr ao ar livre – sozinhas ou acompanhadas. Está na moda e não é apenas porque sai mais barato do que inscrever-se num ginásio. A maioria dos especialistas concorda que correr num parque, praia ou floresta traz muito mais benefícios para a saúde do que uma passadeira num ginásio:

– Respiramos ar puro, e o oxigénio melhora o rendimento;
– O contacto com a natureza, está provado, aumenta a sensação de bem-estar;
– Podemos mudar de cenário sempre que desejarmos, e até descobrir novos lugares. Como consequência, a corrida torna-se menos aborrecida e cansativa;
– O terreno irregular exercita mais músculos do que uma passadeira, mesmo a um ritmo inferior e, por estranho que pareça, as lesões mais frequentes relacionadas com o treino em pista ou indoor praticamente desaparecem neste tipo de corrida;
– Para quem tem falta de vitamina D, um problema crescente em Portugal, este tempo passado na rua ajuda, ou resolve, a falha.

Assim, ponha os ténis – é fundamental ter calçado de corrida apropriado para evitar lesões – e venha connosco conhecer alguns dos melhores locais para correr ao ar livre.

Praia Grande, Algarve

Bem mais a sul, no Algarve, qualquer extensão de areal é boa para correr à beira-mar, mas o Percurso de Interpretação da Praia Grande, que tem início na Praia dos Salgados, passando pela Lagoa dos Salgados é extraordinário pela sua beleza, e para descobrir o cordão de dunas, antigos moinhos e campos de amendoeiras. Corremos em terra, areia e passadiços, num percurso que podemos moldar ao sabor da nossa vontade e preparação física. O local é casa de uma abundante avifauna, por isso não se espante se se cruzar com bandos de flamingos ou garças.

Parque Florestal de Monsanto

Um pouco mais para cima, em Lisboa, os bichos são outros: tartarugas e esquilos. Isto se nos juntarmos às Tartarugas Solidárias, grupo que se reúne aos sábados, em Monsanto (no pulmão da cidade, onde pulam os esquilos), para uma boa corrida de 5 quilómetros. Ou melhor duas, uma volta mais lenta e outra mais rápida, para albergar diferentes níveis. Aos sábados as provas começam geralmente no Parque do Calhau, pela fresquinha (8h30), mas estes amigos também se juntam às quartas em Belém.

Correr em grupo

Talvez seja já um corredor experiente, ou esteja apenas a dar os primeiros passos nesta modalidade. Para todos, existem vários grupos mais ou menos organizados que se juntam em locais e a horas definidas, que podem ser uma boa opção para quem não gosta de correr sozinho. Grupos como o Correr Lisboa, completamente gratuito e no qual nem sequer precisa de se inscrever: basta aparecer nos locais predefinidos ao fim da tarde. Depois de 12 sessões ainda oferecem uma T-shirt como (merecido) prémio. Ou então os Amigos da Corrida, onde também basta aparecer e que, mais do que em Lisboa, se juntam preferencialmente nas zonas de Cascais e Sintra, bem mais perto da natureza, como, por exemplo, na Lagoa.

Zonas Ribeirinhas de Lisboa

No Parque das Nações, do Teatro Camões ao Colégio Pedro Arrupe não são mais de 4 quilómetros, sensivelmente a mesma distância entre as Docas e a Fundação Champalimaud, em Belém, mas num e no outro caso corremos ao longo do rio e em jardins relvados. Já se decidirmos juntar os dois extremos, são mais de de 20 quilómetros de corrida, embora nem sempre pelos locais mais apropriados para a atividade.

Zonas Ribeirinhas do Porto

No Porto, temos a Foz, claro, principalmente entre o Jardim do Passeio Alegre e o Castelo do Queijo, numa distância a rondar os três quilómetros (e que pode estender até ao Porto de Leixões), passados sempre junto ao mar onde, se o tempo estiver bom, ainda pode dar um mergulho. Em Vila Nova de Gaia, a Câmara até apoia uma prova na Marginal (a Médis Corrida Marginal Douro, em maio) com uma corrida de 10 km e um percurso de 5 km, mas da Ponte D. Luís à Douro Marina, na Afurada, são sensivelmente 4,5 km de corrida, com o Douro ao lado e a melhor vista para o Porto.

Plogging no Porto

Ainda na Invicta, o Sea Life junta o útil ao agradável, propondo não um jogging mas um plogging, conhece? É uma atividade nascida na Suécia em 2016, e que consiste na realização de corrida com paragens para limpeza das praias. O planeta (e a sua saúde) agradecem duplamente. O plogging ainda está a dar os primeiros passos em Portugal, mas até já existe uma página de facebook para os entusiastas.

Sempre a subir

Os mais resistentes ainda se podem aventurar em experiências mais “cardiovasculares”, como subir (e descer) os 250 degraus da Torre dos Clérigos, ou subir ao Castelo de São Jorge partindo do Martim Moniz, pelas Escadinhas da Saúde – não pela nova escada rolante, não vale fazer batota! São mais de 32 metros de escadas, e lá em cima ainda só vai a meio caminho… Mas neste capítulo nada bate a Ladeira, na Nazaré. Falamos do antigo caminho que ligava a praia ao Sítio, sempre a subir. Chegando lá acima pode admirar o casario que desce até ao mar, que se perde na linha do horizonte. Repleto de orgulho pela conquista!

Por C-Studio / Cofina Media

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