Fjällräven Kånken, a mochila que virou moda Fjällräven Kånken, a mochila que virou moda

Fjällräven Kånken, a mochila que virou moda

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Resistente, prática e sustentável, a mochila sueca Fjällräven é um dos acessórios mais desejados do mundo.


Publicado em 01-Abr-2019

Ninguém sabe ao certo o que deu origem ao sucesso estrondoso desta mochila de nome impronunciável. Na verdade, nem os próprios suecos entendem bem esta febre mundial pelas Fjällräven Kånken, as velhas mochilas de linhas minimalistas que todos usam na Suécia desde os anos 1980. Não há quem não tenha uma em casa.

A Kånken foi criada em 1978 para ajudar a evitar os problemas lombares que estavam a surgir entre os estudantes suecos. Desenhada de forma a poder transportar dois dossiers A4 e um estojo, a mochila tem um design intemporal, de linhas retas, o que evita desperdício do Vinylon F, o tecido impermeável e resistente com que são fabricadas. Muito prática, tem um fecho de correr que permite abrir na totalidade a aba frontal, dando acesso imediato ao interior da mochila, facilitando a organização e maximização do espaço. Depois, e acima de tudo, é muito, muito leve.

Primeiro utilizada por caminhantes e campistas, depois por crianças em idade escolar, ao longo dos anos a Kånken tornou-se colorida (existem mais de 50 combinações de cores), ganhou novos tamanhos e materiais (incluindo a Re-Kånken, criada a partir de garrafas de plástico recicladas), e vários acessórios. Ainda assim, a forma básica e simples não mudou e também por isso nunca saiu de moda, o que de alguma forma explica que, passados 40 anos da sua criação, tenha conseguido ganhar uma popularidade crescente entre crianças e adultos de todo o mundo.

Edição especial

Em 2016, o design icónico destas mochilas foi reconhecido como uma peça de arte. A Sociedade Sueca de Artes e Design, Svensk Form, designou a Kånken como arte aplicada – comparável à música, filmes e peças literárias – assinalando o seu design distinto e subtil, bem como o elevado nível de funcionalidade. Verdadeira peça de culto, a mochila tem milhares de admiradores, que personalizam as suas Kånken com autocolantes, pins, remendos e até mesmo bordados ou croché. Recentemente, a marca chegou mesmo a lançar um concurso nas redes sociais, encorajando os fãs a partilhar a sua Kånken Art com o resto do mundo através de fotografias. O resultado foi revelador da atenção que esta mochila desperta.

Agora, para assinalar tanta criatividade e afeto, a Fjällräven acaba de apresentar uma edição especial Kånken Art para a primavera/verão de 2019. Trata-se de uma colaboração inovadora com dois artistas e designers suecos – Cecilia Heikkilä e Erik Olovsson – que utilizaram a mochila como tela para expressarem a sua relação com a natureza. Autora e ilustradora de livros infantis, Cecilia criou um padrão estilo fábula, que tem como protagonistas a floresta e a raposa do ártico. Por sua vez, Erik criou um padrão colorido ondulante, que funciona como “uma forma abstrata de descrever as camadas de natureza ligadas às minhas memórias das montanhas”.

Expressão de criatividade, estas mochilas são sobretudo um tributo à Natureza, já que um por cento das receitas obtidas com a venda das Kånkens de edição especial será doado à The Arctic Fox Initiative, um fundo que apoia novos projetos e ideias que ajudem a protegeproteger o ambiente e inspirar mais pessoas a passar mais tempo a usufruir do mesmo.

Fjällräven Kånken, a mochila que virou moda | Unibanco
Do Ártico para o mundo

A Fjällräven foi fundada em 1960, na cidade de Örnsköldsvik, no norte da Suécia. Marca de equipamento intemporal, funcional e resistente, tem uma vasta gama de produtos, desde vestuário para exterior e acessórios para homem e mulher, bem como mochilas, tendas e sacos-cama. Assim se explica o porquê de as mochilas Kånken terem uma espuma no bolso atrás, que serve como almofada/assento portátil para utilizar durante uma caminhada, ou um piquenique no campo.

Åke Nordin, o fundador da marca, era um apaixonado por caminhadas na montanha (criou a primeira mochila, leve, prática e resistente, por necessidade pessoal) sempre teve um profundo respeito pela natureza, fazendo questão de defender a sustentabilidade (presente em todos os processos de produção) e também a necessidade de um comportamento responsável para com as pessoas, os animais e a natureza. O projeto mais assinalável em que a empresa se envolveu é o Save The Arctic Fox que, em 1994, começou a apoiar a homónima da Fjällräven (Fjällräven quer dizer “raposa-do-ártico” em sueco) através de uma equipa de cientistas na Universidade de Estocolmo, com resultados muito positivos.

A empresa é também responsável por dois populares eventos ao ar livre, o Fjällräven Classic, um trekking de 110 km pela Suécia (com edições na Dinamarca, Hong Kong e EUA) e o Fjällräven Polar, uma expedição no Ártico com trenós puxados por cães, atraindo participantes do mundo inteiro.

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