CES, o maior salão automóvel? CES, o maior salão automóvel?

CES, o maior salão automóvel?

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Veículos autónomos, motores elétricos, carros conectados… O futuro da indústria automóvel é altamente tecnológico e não está a ser revelado nos salões tradicionais, mas na CES, a maior feira de tecnologia do mundo.


Publicado em 21-Jun-2018

Frankfurt, Genebra, Paris, Detroit ou Xangai, os grandes salões automóveis ainda são o local ideal para ver os carros mais cool do momento, mas para se perceber realmente para onde caminha a indústria – e o futuro da mobilidade – há que rumar a Las Vegas. Foi o que a BMW fez quando anunciou muito recentemente que vai desistir da sua presença no salão americano para se focar exclusivamente na Consumer Electronics Show (CES). Segundo os analistas, a rival Mercedes fará o mesmo, até porque a marca de Estugarda escolheu já a feira para revelar o seu novo sistema de infotainment, que se tornará standard em todos os modelos a partir deste ano.

CES, o maior salão automóvel? | Unibanco
O Mercedes-Benz User Experience utiliza inteligência artificial e permite controlar todas as definições do veículo

O Mercedes-Benz User Experience utiliza inteligência artificial e permite controlar todas as definições do veículo

A cidade americana foi também a etapa final da Intelligent World Drive, a expedição com a qual a marca testou a condução autónoma nos cinco continentes, em condições de tráfego real.

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Mercedes World Drive

Mercedes World Drive

Durante a CES, o que se passa em Vegas não fica claramente no deserto do Nevada, e as marcas automóveis têm vindo a aumentar exponencialmente a sua presença nos últimos anos. São já mais de 27 mil metros quadrados só para o setor automóvel, que ainda por cima está longe de ficar confinado apenas ao Centro de Congressos onde decorre o evento: os parques de estacionamento em redor e todas as ruas tornaram-se pista de testes para veículos de condução autónoma, até porque o estado do Nevada foi dos primeiros a permitir esta condução. E isso é algo contra o qual nem Genebra nem Frankfurt conseguem obviamente rivalizar.

Já não se trata apenas de marcas automóveis como a Kia ou a Hyundai aqui revelarem os seus veículos de condução autónoma, trata-se sobretudo de tecnológicas como a Aptive ou Aurora explicarem tudo o que conseguem já fazer neste capítulo às marcas automóveis. Bem como a gigante coreana Samsung, através da sua subsidiária Harman, que escolheu este certame para estrear o seu “cockpit digital”. A Harman é sobretudo famosa pelas colunas Harman Kardon e JBL, mas possui também uma divisão automóvel que é já parceira da maioria das marcas .

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Não tardará a ver uma versão deste sistema da Harman num tablier perto de si

Não tardará a ver uma versão deste sistema da Harman num tablier perto de si

Quando o cliente não vai à loja, então a loja vai ao cliente. Pelo menos é essa a inovadora solução da Toyota para o retalho. O e-Palette é um minibus de condução autónoma que pode ser qualquer tipo de loja – e até restaurante ou hotel.

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É um autocarro? Uma loja? Um hotel? Não, é Toyota e-Palette, e pode ser tudo isso

É um autocarro? Uma loja? Um hotel? Não, é Toyota e-Palette, e pode ser tudo isso

E quem sabe se a maior notícia do ano no setor automóvel não foi mesmo revelada na CES? Com a apresentação do primeiro protótipo da Byton? É que esta startup pretende vir a tornar-se na maior rival da Tesla – e não só – e parece ter know-how para o fazer. De capitais chineses e alemães, foi fundada por antigos executivos da BMW, da Nissan, da Ford – e até da Apple. O CEO era mesmo o responsável máximo pela divisão i da BMW. O protótipo parece bem lançado e deverá chegar ao mercado já entre 2019 (China) e 2020 (EUA e Europa).

Trata-se de um SUV, obviamente elétrico, com uma autonomia anunciada superior aos 480 quilómetros, e um nível de condução autónoma de nível 4, capaz já de dispensar a intervenção do condutor em inúmeras situações – legislação o permita, claro. Mas onde o Byton se destaca realmente é no interior, começando logo pelo enorme ecrã frontal, que ocupa a totalidade do tablier, de uma ponta à outra. Trata-se de mais  um metro de ecrã(!), que se pode subdividir em vários menores, para multiplicar a informação disponível, canais de vídeo ou serviços de música . E basta passar as portas para que o reconhecimento facial adapte automaticamente uma série de definições às suas preferências pessoais, dos assentos à temperatura, por exemplo, porque quanto mais autónoma for a condução, mais o tempo que se passa a bordo terá de ser repensado. E a Byton está na vanguarda desse caminho…

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