Vamos às vindimas? Vamos às vindimas?

Vamos às vindimas?

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Está preparado para “pôr a mão na uva” e ajudar a fazer um bom vinho? Pense no bónus de abrir uma garrafa com os seus amigos e afirmar, orgulhosamente, que aquele também foi feito por si…


Publicado em 30-Ago-2018

A azáfama que se vive no terreno não engana: estamos em plena época de vindimas e esta é, sem dúvida, a altura mais importante do ano para todo o setor vínico. Sempre foi e assim será – mesmo com toda a tecnologia, mesmo que existam muitos outros momentos a preocuparem enólogos e viticultores –, a vindima é o instante da definição!

Felizmente, há já algum tempo que as herdades têm vindo a abrir esta época tão tradicional aos meros entusiastas, permitindo um contacto em primeira mão com o mundo do vinho: apanhar os cachos, conhecer as castas, pisar os bagos na adega, provar o mosto, almoçar na vinha… Fazer uma vindima hoje em dia pode ainda dar algum trabalho, mas também pode ser um dia de muita diversão, tantas vezes pensada para agradar a toda a família. Num pequeno raio à volta de Lisboa vai encontrar um sem-número de propostas como as que se seguem:

Companhia das Lezírias

Vamos às vindimas? | Unibanco

A Companhia das Lezírias tem uma história engraçada, e muito semelhante ao País. Já passou por inúmeros altos e baixos, privatizações e nacionalizações, desde que, em 1836, D. Maria II autorizou por alvará régio a venda das imensas lezírias do Tejo e do Sado a investidores privados (antes estavam maioritariamente na posse da Coroa e da Igreja).

Hoje a Companhia vive um período áureo, e no dia 8 de setembro inaugura uma nova cave de barricas, razão pela qual escolheu este dia para uma grande festa à qual todos nos podemos juntar, integrando a equipa das vindimas, participando na pisa a pé e degustando o vinho logo desde o mosto. Tudo bem acompanhado por um piquenique buffet. A inscrição é obrigatória e deve ser feita até dia 31 de agosto, mas se não conseguir tem sempre a opção b, em que diariamente também pode participar na pisa a pé, na prova de degustação comentada pelo enólogo (ou especialista), e no almoço-piquenique. Os preços começam nos 35 euros por adulto e 10 para crianças a partir dos 5 anos (para os menores de 5 é gratuito). Para reservas ou informações envie email para loja.vinhos@cl.pt.


Fiuza

Os Mascarenhas Fiuza dedicam-se à produção de vinho há quase um século, mas este ano abriram as portas da sua adega-galeria (uma verdadeira montra de arte urbana executada por três grafitters portugueses: Francisco Camilo, Ivo Smile e Slap), para uma visita guiada muito bem complementada com uma prova de vinhos e do mosto a fermentar. O programa não tem horário definido, mas decorre nos dias em que há vindima e destina-se a duas pessoas, no mínimo, por 20 euros por pessoa. Mais informações e reservas pelo email claudia.godinha@fiuzabright.pt.


Quinta do Gradil

A pouco mais de meia hora de Lisboa, no Cadaval, a Quinta do Gradil é propriedade secular que já foi lugar de amores do Marquês de Pombal. Hoje é uma das mais importantes propriedades vínicas da região, com uma gama em que se incluem blends como os Cabernet Sauvignon e Tinta Roriz ou Sauvignon Blanc e Arinto, além de monovarietais como o Tannat nos tintos e o Viosinho nos brancos. Nesta altura do ano oferece também – de quarta a domingo – o programa Bago a Bago, no qual famílias inteiras se podem dedicar a apanhar os cachos e transportá-los até à adega, equipados a rigor, de chapéu de palha na cabeça e T-shirt. Na adega provavelmente poderão ainda participar numa tradicional pisa a pé, embora esta opção não esteja garantida. O que está, isso sim, será um enorme apetite à hora de almoço, que pode ser saciado num faustoso almoço “à vindimas” no restaurante da herdade – e onde se come sempre muito bem. É necessária marcação para o e-mail enoturismo@quintadogradil.pt e um bilhete familiar (dois adultos e duas crianças) custa 150 euros, mas ainda recebe uma garrafa de oferta.


Adega do Cartaxo

Vamos às vindimas? | Unibanco

A Adega do Cartaxo foi fundada em 1954, quase uma década depois do senhor Evaristo (António Ribeiro) ter ido passar umas férias às “termas do Cartaxo”, para grande inveja de Narciso (Vasco Santana). Ali encontrou seguramente “cá disto”. Hoje as vindimas são a altura perfeita para (re)visitar esta região a apenas uma hora de Lisboa, até porque, de segunda a sexta, a Adega recebe grupos de quatro a 12 pessoas. O programa começa com uma welcome drink e uma apresentação da adega, mais visita às zonas de vinificação, linhas de enchimento, laboratório, sala de barricas ou cave, numa verdadeira aula prática sobre vinho. Segue-se uma visita às vinhas com explicação das diferentes castas e uma prova comentada, antes de um almoço no restaurante Taberna do Gaio. Tudo com oferta de T-shirt e chapéu de palha, por 30 euros por pessoa.Reservas pelo email marketing@adegacartaxo.pt.


Falua

“Que linda Falua…” é esta sociedade fundada em 2004 por quem sabe muito da poda, o produtor e enólogo João Portugal Ramos. Há cerca de um ano foi comprada por um grupo francês que ali encontrou todas as condições para produzir vinhos de excelente qualidade, a começar por uma ultrasofisticada adega que por estes dias pode ser visitada. A Falua abre assim as suas portas a grupos de 10 pessoas (no mínimo, e apenas adultos), com o objetivo de mostrar todos os segredos por trás da criação de um vinho. Haverá naturalmente espaço ainda para provas comentadas e o custo é de 30 euros por pessoa.Informações por email falua@falua.net.


Existem naturalmente muito mais propostas, todas ao pé de Lisboa. A própria Vinhos do Tejo, a comissão gestora da região vitivinícola, recomenda ainda os programas do Casal das Freiras em Tomar, da histórica Quinta da Alorna, da centenária Quinta do Casal Branco em Almeirim, ou da Quinta da Lagoalva em Alpiarça. Opções não faltam, basta vontade de participar nesta festa.

Por C-Studio / Cofina Media

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